O nome Lance Mountain tem muito significado pra mim no skate.

Lance foi o “prêmio de consolação” quando fui ver a demo que o trouxe pro Brasil, junto com Tony Hawk, em 1988. Hawk, doente, não andou no dia que fui e sobrou pro Lance entreter um Projeto SP totalmente tomado pela decepção.

O shape, o colete roubado, e minha mãe (que nao tem nada com isso)

Logo depois disso, na primeira viagem de um parente próximo (meu irmão, no caso) aos EUA, o primeiro shape gringo: um Powell Peralta model de quem? Sim, dele. Na mesma viagem veio o colete Salva-Vidas “roubado” do avião, o primeiro aparelho reprodutor de CD e o “A Show of Hands“, do Rush. Sua parte no Public Domain, vídeo de 1988, fez todo mundo ter vontade de andar na minirrampa como se o mundo fosse acabar amanhã.

Lance Mountain sempre cativou por ser o “skatista possível”: ele nunca foi (ou fez o papel) do cara superdotado no que diz respeito a habilidade, mas mostrou que dava pra se tornar um dos maiores nomes de todos os tempos com dedicação e, mais importante, amor pelo skate.

Foi da Bones Brigade, viveu os áureos tempos da Flip (segue na marca até hoje) e ainda por cima comandou a The Firm, uma das marcas mais influentes e especial para os brasileiros (Rodrigo Teixeira, Bob Burnquist e Wagner Ramos fizeram parte do time). Pra chegar no tempo presente, aos seus atuais 53 anos, numa das fotos desse post, uma recente homenagem da Nike SB.

Parece que o tempo, de fato, parava enquanto ele estava de ponta cabeça, mão no coping e esticando seus sad plants. Talvez seja por causa disso que siga com a alma e o coração tão jovens.

Obrigado por ser skatista, Lance.