THE GONZ

Comprei o livro do Mark Gonzales no site da Amazon e recebi um e-mail, pedindo uma resenha do livro.

Obrigado Sem Rubio por publicar esta obra tão importante!

Muitas histórias e curiosidades sobre um dos maiores ícones do nosso mundo do skateboarding. Super recomendo para quem admira o Mark Gonzales. Não só como skatista, mas uma visão do Mark como artista, ser humano e um visionário.

Super necessário este livro para contar um pouco da história de uma pessoa ímpar neste mundo de tantas pessoas iguais, moldadas a pensar do mesmo jeito pelo nosso sistema e governos, que fazem sermos e agirmos sempre de acordo a um padrão pré estabelecido pela sociedade.

Sorte para nós sermos skatistas e enxergar o mundo diferente e termos o Mark Gonzales como nosso embaixador desse estilo único que vivemos.

Se o skate hoje é contra cultura em 2021 (felizmente) estamos andando e filmando manobras nas ruas, fazendo street skate, buscando o desconhecido, viajando para locais na busca de possibilidades para manobrar. Se você começou a andar de skate e em um certo momento se descobriu fazendo arte, seja em qualquer vertente, pintura, grafite, desenho, escultura, colagem, saiba que inconscientemente Mark Gonzales foi uma influência forte pra você. Não há como fugir disso.

Em um momento do início dos anos 90, quando o mundo do skate era estritamente manobras e competições, Mark Gonzales fez e criou coisas que mudaram o skate na época e nos influencia até os dias de hoje.

Ele foi um dos primeiros skatistas, junto ao Natas Kaupas, a descer um corrimão de rua em Los Angeles (cidade onde o skate nasceu) e quebrou alguns paradigmas dos vídeos de skate, no primeiro “full lenght” da Blind Skateboards de 1991, período que a trilha sonora dos vídeos seguia um mesmo padrão musical.

Mark Gonzales usou um música de jazz do grande John Coltrane na sua parte. Isso foi um choque para todos, algo muito comentado no mundo do skate sua coragem e escolha desse som. Essa atitude abriu portas para um novo mundo na escolha das trilhas sonoras para os vídeos de skate desde então.

Ainda no início dos anos 90, logo após o vídeo da Blind, Mark Gonzales trilha um caminho único que nunca um skatista fez: sai dos holofotes do mercado do skate, mesmo tendo vários patrocínios importantes para aquele tempo, vai embora de Los Angeles e se muda para Nova York para fazer arte (NY na época não era a meca do skate como é hoje). Ele foi o primeiro skatista de outras partes do EUA a se mudar para NY.

Acho que nem preciso escrever sobre o jeito único do Mark Gonzales de enxergar o mundo e a verdade que ele passa manobrando, seu lado engraçado de não se levar a sério quando está nas ruas andando de skate ou dando um frontside air, invert em algum half pipe, mini ramp ou bowl. É só você assistir qualquer vídeo dele para constatar o ser iluminado que ele é.

Esse é o Mark Gonzales, nosso “godfather” do skateboarding!

BiblioteKarlos
22/01/2021
09:06

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