Na tarde/noite de ontem (15/maio) Murilo Romão e amigos convidaram para a premiére de Zonzo, o novo filme dos Flanantes. Mas não sem antes uma reunião prévia no Largo da Batata, partindo em direção ao Kingston.

No caminho, brindes na sacola e best tricks itinerantes. Escrevo esse post ao mesmo tempo que dou o último check no pdf da matéria que vai pra edição 213 da CemporcentoSKATE e olho os registros que fiz pelo celular.

Foi um dia de protesto em todo Brasil, contra inadimissíveis cortes no orçamento da já combalida educação pública brasileira. Então as sessões recebiam skatistas que colaram só pelo Zonzo, outros chegando das manifestações, alguns sem saber o que acontecia.

As primeiras manobras aconteceram já na travessia da Av. Faria Lima,com um wallie pra subir no canteiro/ciclovia que divide a pista. O segundo aconteceu numa já clássica rampa improvisada e o último desafio era uma borda com despenco diante do A Casa (Museu do Objeto Brasileiro), que acabou ignorada pelos skatistas que preferiram o desafio maior da escada que fica do outro lado, antecedida e precedida por cimento do mais grosso. Teve de tudo: frontside flip, shape quebrado, garoa, quase atropelamento, pedestre entrando na balbúrdia.

Quando o play foi acionado no Kingston, o pessoal pode ver, na tela, mais uma dose do skate real, parecida com o que tinha acontecido ao vivo minutos atrás. As produções do Flanantes são reconhecidas e caracterizadas por um embasamento teórico, sempre aplicado e demonstrado de forma prática. Tem sempre um livro, um texto, um apostila. Uma descida, uma rampa, um poste. É enxergar mais do que a cidade aparentemente mostra. Skate além do skate.