Skatistas não precisam de mapas.
Pra que se localizar quando o melhor de uma sessão é a chance de se perder? Se perder nas manobras, se perder no tempo, se perder nas ruas. Sair pela cidade e, de maneira despretensiosa, encontrar um tesouro. Tesouro este que para muitos pode ser um lixo, algo desprezível, mas que se torna valioso sob as vontades dos skatistas, como um pico com demasiadas possibilidades.
E é inspirado na figura do flâneur, em apresentar os sujeitos que experimentam a cidade, é que o vídeo Flanantes foi criado. Murilo Romão, skatista profissional responsável pela produção, revela que “o vídeo pretende apresentar as interações entre o corpo do skatista e os equipamentos urbanos que estão em constante mutação nas cidades, retratar o espírito libertário do skate nas ruas de São Paulo e Rio de Janeiro e, sobretudo, reconhecer o skate como uma prática urbana que carrega junto a sua transgressão vários outros significados positivos para cidade”. Linhas fluidas, manobras leves, situações engraçadas, embates iminentes. Entre transgressões e negociações, Flanantes é um vídeo que evidencia as controvérsias que permeiam os rolês dos skatistas pelas cidades.
É um suspiro de que o skate underground ainda vive.
Assista: