Giovanni Vianna vive mais um momento especial. No dia 08 de novembro, Giovanni tornou-se skatista profissional, lançando modelo de shape pela Primitive, marca de Paul Rodriguez que tem também os brasileiros Tiago Lemos e Carlos Ribeiro no time. Essa entrevista começou na semana anterior ao fato, onde a questão da profissionalização era só um rumor, que se tornou fato durante o período da conversa.
Primeira parte (respostas de antes do anúncio da profissionalização e anteriores a premiere de Fourth Quarter)
Fala sobre o “Fourth Quarter”, da Primitive.
Fourth Quarter é um vídeo de quatro partes: eu, Robert Neal, Miles e Trent Mc Clunng. Estamos filmando desde o começo do ano, e vi pouco até agora, só a minha parte, mas pelo que vi de fotos, e da arte que usaram nos anúncios, acredito que seja um vídeo muito pesado. E acredito que todo mundo do time vai ter uma manobra.
Assista “Fourth Quarter”:
Como anda seu processo de profissionalização? Quem conversa sobre isso com você? É uma atribução do próprio P-Rod?
Ainda não me falaram nada sobre isso. Não creio que isso seja atribuição do Paul Rodriguez. Acredito que se alguém for falar sobre vai ser o Oliver Barton.
Capa da edição 200 da CemporcentoSKATE. Estamos na 219, coloque quase quatro anos aí…o que você lembra daquele período? E quanto amadureceu de lá pra cá?
Foi uma emoção enorme. Uma das maiores conquistas que tive até hoje. Foi um start em relação a motivação, sentimento. Depois de quatro anos, vejo que foi muito por essa capa que percebi que precisava ir para outros lugares, conhecer outras pesosas, outra cultura. Por essa capa tudo começou a andar, o skate ficou legal.
Você se machucou recentemente…como foi? como está a recuperação?
Rompi o ligamento cruzado anterior (o LCA) num nollie frontside feeble, na Praça Chile. Já tinha acertado, filmado, e fui tentar de novo. Agora é recuperação, fazer a cirurgia e trabalhar o físico. Estou fazendo o pré operatório, mas talvez faça o tratamento sem cirurgia. Ainda estou decidindo isso, ouvindo o médico.
O futuro de alguns skateparks parece ser algo que te preocupa, especialmente do Ana Brandão (skatepark público de Santo André-SP).
Tenho uma grande história ali, todos meus amigos são de lá. Se derrubarem o Ana Brandão não vai doer só pra mim. Os moleques aqui da vila não tem dinheiro pra ir pra outros lugares. São vários sonhos que existem ali, tum lugar onde todo mundo cola, faz churrasco, anda de skate.
Segunda parte (Giovanni é pro!)
E essa legião brasileira na Primitive?
Cara, a Primitive acolheu os brasileiros, e só os mais monstros. Eles tem uma confiança nos brasileiros que outros americanos não tem. O Alan Hannon (videomaker da Primitive) é casado com uma brasileira. Eles conhecem a nossa realidade, sabe como o povo é. Sabem que quando o Brasa vai pra lá vai pra fazer de verdade, pra viver do skate mesmo, sem frescura. E dos outros brasileiros do time, nem tem o que falar né? Tiago, Dudu, o Eric videomaker…
Como é a sensação de se sentir pro? A mistura da satisfação pela conquista com a responsabilidade que vem agora?
Eu não estou acreditando até agora, e nem sei quando vou acreditar. É uma alegria imensa, gratidão por tudo que meu pai fez por mim, e todos que fizeram por mim. Essa é uma vitória de muitas pessoas. Até agora a ficha não caiu.
Alguns vídeos pra entender o caminho de Giovanni até a profissionalização: