A última competição de skate nos Jogos de Tóquio 2020 foi o park masculino, e coube a essa modalidade/categoria a participação mais expressiva do skate brasileiro nos Jogos: os três competidores (Pedro Quintas, Luiz Francisco e Pedro Barros) chegaram a final. Oito skatistas, três skatistas do Brasil.
Pedro Barros terminou em segundo, garantindo a terceira medalha de prata do skate. O australiano Keegan Palmer venceu, com duas voltas e notas impressionantes e paraticamente inalcançáveis, a primeira acima dos 94 pontos e a terceira, que incluiu um flip 540, que valeu 95,83. O americano Cory Juneau ficou em terceiro.
“A gente vem lutando a nossa vida inteira. A minha sempre foi rodeada por pessoas maravilhosas, que lutaram muito para fazer da minha vida uma vida melhor. Essa bandeira, às vezes o Brasil pode estar (sendo) visto de cabeça para baixo, mas essa história do Park, o skate nas Olimpíadas, a minha história… Acho que é só para servir como um exemplo para o povo brasileiro de que está na nossa mão, depende da gente realmente para construir e fazer desse lugar que é nosso país, que é tão belo, é tão lindo por natureza, um lugar melhor. E com amor, com união, com respeito a gente consegue. Pode ser difícil. Às vezes a batalha pode ser dura. A gente cai várias vezes no chão. Mas a missão é essa. A missão é ver um amanhã melhor, é buscar um amanhã melhor”, comemora Pedro Barros.
“A gente viveu intensamente essa semana aqui. A gente chegou dois dias antes do previsto e aproveitou esses dois dias o máximo que a gente pôde para viver essa experiência única, algo que não tem preço. Então, fazer parte da final de uma Olimpíada, a primeira, poder fazer história. Acredito que eu tenha conseguido passar o amor que a gente tem pelo skate”, destaca Luiz Francisco.
“Isso é o skate. Você cai, levanta e na próxima chega com a cabeça erguida. Sempre procurando o melhor. Sempre procurando cada vez mais ultrapassar os seus limites. Ali na final acabei não conseguindo mandar a volta do jeito que eu quis, mas sei que eu me entreguei em todo esse tempo. Foram anos de dedicação e o trabalho não para aqui. Na verdade é só começo”, completa Pedro Quintas.
FEMININO
As anfitriãs japonesas dominaram a competição de Park dos Jogos de Tóquio 2020. Em mais um pódio marcado pela juventude, Sakura Yosozumi, de 19 anos, ganhou o ouro; Cocona Hiraki, de 12, foi vice campeã e a britânica Sky Brown, de 13 anos, ficou com o bronze.
Dora Varella, Yndiara Asp e Isadora Pacheco entraram, oficialmente, para o grupo de skatistas olímpicas. O trio da Seleção Brasileira de Park representou o skate nacional nas disputas desta quarta-feira no Japão (noite de terça para quarta no Brasil). Dora e Yndiara avançaram entre as oito melhores nas classificatórias, ficando com a 7ª e a 8ª posição na final, respectivamente. Isadora Pacheco foi a 10ª colocada na primeira fase, ficando muito perto da vaga.
“Foi uma sensação que em nenhum campeonato que já participei eu senti”, destaca Dora Varella. “É incrível poder representar o Brasil e poder representar o skate”, comenta a skatista.
“Estou muito feliz por ter vivido essa experiência. Com certeza eu vou levar para o resto da minha vida. Espero estar lá em 2024”, comenta Yndiara Asp. “Representamos as duas coisas que a gente mais ama: o nosso país e o skate”, acrescenta.
“É uma honra poder estar vestindo essa camiseta do Brasil e saber que tem um monte de gente torcendo pela gente”, completa Isadora Pacheco.
Disputas
Na bateria 1 das classificatórias, Dora Varella foi a primeira das brasileiras a se apresentar. A melhor nota de Dora saiu na segunda volta, 41.59, avançando para a final na 8ª posição.
Yndiara Asp correu na bateria 3 e teve sua melhor nota na primeira volta: 43.23. A brasileira passou como a 7ª colocada para a decisão.
Isadora Pacheco se apresentou na 4 e última bateria das classificatórias. A nota mais alta da brasileira saiu na terceira volta: 37.08.
Na final, Dora e Yndiara receberam a maior nota na primeira volta: 40.42 e 37.34. a dupla fechou as Olimpíadas na 7ª e na 8ª posição.