Escrito por Cristiano Testa
A rampa reta da pista pública de Bertioga (litoral norte de São Paulo) tem outra função atualmente: serve de moradia para Ademir Rasta, 24, sem-teto que há cerca de nove anos mora em skateparks públicas. Já morou na mini rampa de Ribeirão Preto (SP), no half público de Jundiaí e em pistas de Brasília (DF) e Goiânia (GO), entre outros locais.
Rasta conheceu o skateboarding aos 15 anos, em Ilhéus (BA). Mesmo com todas as dificuldades e roubadas que as ruas reservam aos menos afortunados, ele nunca abandonou o carrinho.
Machucou o tornozelo e ficou por quase quatro anos parado, motivo pelo qual justifica a barriga e o peso acima do ideal. Humilde e calmo, vive de favores e ajuda na conservação e limpeza das pistas onde mora.
“Skate, na minha vida, é tudo. O esporte é ótimo para esquecer os problemas. É o que liga”, afirma Rasta.