Edição 103

::CAPA::
Um flipão sobre um corrimão de uma escadaria de 14 degraus é a imagem estampada na capa desta edição e o skatista autor do feito é Fabiano Lokinho. Foto: Alexandre Vianna.

:: Matérias Principais :: 

Diego Garcez de Lima “Chaveirinho”
17 anos, 6 de skate
Patrocínios: New, Freeday, Juice e Matriz

Diego Garcez de Lima começou a andar de skate na sua cidade natal, Guarulhos, aos 11 anos de idade, sem saber que em apenas seis anos se tornaria um dos melhores skatistas amadores do país. Aquele pequeno garoto via os skatistas consagrados da sua cidade, James Bam Bam e Laurence Reali e ficava motivado. Começou na quadra da Brahma, onde os caras montavam mesas, trilhos e alguns obstáculos. Se enturmou e começou a ser levado pelos amigos nos campeonatos. Como ele era o menor da turma, lhe diziam brincando, “Vou te levar no bolso”. O apelido surgiu daí, e no meio do skate é assim
que ele é conhecido: Chaveirinho. Um cara que tem perfeição quando o assunto é voltar alguma manobra. E ele tem consciência disso. Se você nunca ouviu falar nele, então não está acompanhando a cena dos novos skatistas brasileiros que estão surgindo com uma velocidade e um potencial incrível.

Leia matéria com “Chaveirinho” na íntegra com fotos na CemporcentoSKATE #103

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Duane Peters – “Uma Lenda-Viva entre nós”
Um dos skatistas mais importantes de todos os tempos chega ao Brasil esse mês, para uma série de shows com sua banda US Bombs
Por Marcelo Viegas

Nada do que eu escrever aqui vai fazer jus à importância histórica de Duane (Thomas) Peters para o skate, mas seria ainda pior deixar passar em branco essa visita inesperada. Tudo bem que ele nem está vindo ao Brasil por compromissos relacionados ao skate, mas ainda assim é mais um nome para a Galeria das Lendas-Vivas que já deram o ar da graça por aqui: Hawk, Hosoi, Caballero, Danny Way, Natas, Gonz e agora o polêmico Duane, que não à toa ostenta o apelido The Master of Disaster.

O envolvimento de Duane com o skate tem quase quatro décadas, afinal ele nasceu em 1961 e começou a andar com 6 anos. É muito tempo e muita história pra contar. Boa parte dessas histórias foi compilada no filme Who Cares – The Duane Peters Story, dirigido por John Lucero (ex-pro skater e dono da marca Black Label). Documentário primoroso, que serve como complemento ao trabalho de Stacy Peralta no já clássico Dogtown and Z-Boys.

Veja fotos e matéria completa com Duane Peters na CemporcentoSKATE #103

Classe D – A crew revela a sua história 
Texto e Entrevista por Guilherme Lima

O Classe D surgiu quando Douglas Arruda, o Douglinhas, ouviu na casa de um amigo, isso lá em 2003, a música do MV Bill que dizia “quem não tem dinheiro nunca vai pertencer a classe A B C, só se for D”. Naquele momento percebeu que a realidade retratada na música também era a sua realidade e que para ele, o nome Classe D tinha tudo a ver com skate.

Douglas então, se reuniu com os amigos Marco Maciel e Tiago Granado, o Guinho, que juntos tinham uma crew chamada Bola Preta. Resolveram a partir dali mudar o nome para Classe D, um grupo de amigos da região de Embu das Artes e Itapecerica da Serra que se reuniam para andar de skate. Foram eles que num antigo clube abandonado em Itapecerica descobriram uma piscina onde colocavam uns obstáculos para se divertir e que levou o nome de Classe D por causa deles.

Leia matéria na íntegra do Classe D na CemporcentoSKATE #103

Primeiro éS Game of SKATE Brasil
Texto por Marcos Hiroshi

No dia 12 de agosto rolou no Ginásio Mané Garrincha – Clube da Cidade Ibirapuera, em São Paulo o primeiro és Game of SKATE Brasil.

Brincadeira inventada nos anos 70 pelos skatistas de vertical e lendas do skate mundial, Lance Mountain, Neil Blender e John Lucero, foi adaptada nos anos 80 para o street. Atualmente se tornou popular pela competição que a marca éS Footwear intitulou de “éS Game of SKATE” que acontece a quatro anos.

O S-K-A-T-E é uma disputa de manobras de solo homem-a-homem, em que através de um sorteio sabe-se quem enfrentará quem, de modo aleatório. A brincadeira começa com um sorteio (cara ou coroa) e o ganhador neste caso é chamado de líder. Começa o jogo e o líder escolhe uma manobra de sua preferência e a executa. Seu oponente tem que repetir a mesma manobra com perfeição. Caso ele não acerte a manobra do líder, ganha uma letra como punição. A primeira letra é o “S”, a segunda letra é o “K,” e por aí vai, até a palavra
“S-K-A-T-E” ser formada. Quando isso acontecer, a pessoa é desclassificada e o vencedor passa para a próxima fase do torneio. No caso do líder errar a tentativa, o seu oponente se torna o novo líder, impondo ao seu oponente (ex-lider) a executar qualquer manobra que ele acerte.

Leia matéria na íntegra do Primeiro éS Game of SKATE Brasil na CemporcentoSKATE #103

Dois Pontos: Alessandro Ramos 
Alessandro Ramos nasceu no bairro de Madureira, um dos berços do Samba na cidade do Rio de Janeiro. Aos dez anos de idade pisou em um skate e aos doze começou a andar de verdade. Sua ginga de Madureira e sua vida dedicada ao prazer de andar em transições o tornou mestre na arte das minirrampas. Na verdade ele anda em qualquer terreno, na rua, nas pistas ou em um belo bowl, mas é na borda de uma minirrampa que ele faz a galera sentar pra assistir. É algo bonito de se ver.
Sua escola foram as pistas de skate da cidade maravilhosa. Começou na minirrampa da Urca (1,30m), depois Lauro Miller (1,60) e o bowl do Rio Sul com sua parte rasa e funda. Era uma perfeita escala de evolução das paredes. Em 96 passou para profissional e batalhou bastante para ajudar o skate carioca. Ano passado fez uma session com Danny Way na minirrampa da Rocinha e impressionou o americano. Danny motivou Alessandro dizendo que ele tinha muito talento e que batalhasse para fazer sua carreira de skatista
profissional. Percebeu que morando na cidade do Rio de Janeiro não conseguiria chegar tão longe, então decidiu em maio desse ano trocar o Rio por São Paulo para resgatar seu nome como profissional e poder dar um passo para um sonho maior: andar de skate fora do país. Conheça um pouco dessa personalidade nesse dois pontos.

Nome: Alessandro Ramos.
Nascimento: 27/06/76.
Tempo de skate: 18 anos
Onde nasceu e onde mora: Rio de Janeiro – São Paulo
Patrocínios: Doce e Green Góes.

Leia íntegra da matéria com Alessandro Ramos na CemporcentoSKATE #103, já nas bancas.

Depto Sequencial: Switchstance 
Texto Alexandre Vianna

De repente, no meio de uma onda, o surfista inverte a posição do seu corpo e
continua descendo a onda com o pé da frente no lugar do de trás. É isso
mesmo, a palavra “switchstance” se originou desse movimento no surf, o
primeiro lugar que pensaram em inverter a ordem natural das coisas. O nome
foi emprestado ao skate muitos anos atrás e acabou sendo uma das grandes
evoluções do esporte.

Leia matéria completa da história do Switchstance com fotos de Danilo Diehl e Gian Naccarato na CemporcentoSKATE #103, já nas bancas.

Frame: “Sessões Noturnas” 
O Frame desta edição é apenas de “Sessões Noturnas” e possui manobras dos skatistas Rodrigo Teixeira, Paulo Piquet, Orivaldo Sujeira, Ricardo Porva, Felipe Marcondes, Patrick, Marcelo Formiguinha, Laurence Reali, Luan de Oliveira, Hilton Chuck, Alex Vieira, Marquinhos, Alber Leandro e Mario Marques.

FIREBUG – A EXPANSÃO DA JAMAICA
Texto e Entrevista por Vanessa Carvalho

Hoje, no Brasil, boa parte das bandas de reggae bate no peito clamando por Jah, e usam o nome de Bob Marley para evocar um estilo repetitivo. A música jamaicana ainda não chegou por completo, é aí que o Firebug contribui.
Fugindo dessa mesmice e aproveitando todo o dinamismo do reggae, Felipe Machado (vocal/guitarra), Victor Rice (baixo/multiinstrumentista) e Rodrigo Cerqueira (bateria) formaram em 2003 o Firebug. Trabalharam o primeiro álbum
ao longo do ano para chegar ao produto final com 12 faixas em inglês e mais 8 versões, sendo 5 em português e 3 dubs. O disco, que leva o nome da banda, foi lançado no Brasil pela produtora independente Radiola Records. “A gente tem aquele espírito de som jamaicano misturado com outras coisas como surf music, soul e country. São elementos colocados algumas vezes de forma sutil e outros mais descarados. Mas, a principal fonte de inspiração é os anos 60”, diz Cerqueira.

Leia matéria com FIREBUG na CemporcentoSKATE #103, já nas bancas.

Dando Idéia: “Os sinais de uma sessão”
Ananda Araújo – Kumina

Sentada no ponto de ônibus, acompanhando o dia a dia do skate em mais uma sessão com amigos, se percebe cada detalhe encontrado durante um momento em que o sol irradia lá no alto, quente, seco e de um vento pouco fresco que o mundo dá sinais. Como uma intuição. Andar de skate é presenciar vários momentos, passando a participar, e aí quem sabe, lembrar ou pensar sobre tudo ao nosso redor. Somos nós que fazemos as escolhas. Ter na vida a idéia de se profissionalizar, começando pelo skate, é preciso ter a cautela do
impulso e evoluir como uma manobra. A escolha é 50% nossa, a outra metade quem sabe, depende da sorte, que também depende de nós. Manter a energia em movimento é o exercício da evolução espiritual e física, então pra quê esperar?

Leia Dando Idéia completo de Ananda Araújo na CemporcentoSKATE #103, já nas bancas.

Zikkzira Probag
Desta vez o skatista profissional Alexandre Zikkzira que fala sobre os produtos que usa e depois sorteia para você, leitor.

Espaço Amador
Willian Nunes: Barueri (SP); Romulo Pereira: São Paulo (SP); Ezequiel Falcon: São Paulo (SP); Breno Rodrigo: Belo Horizonte (BH); Alber Leandro: Brasília (DF).

Encerrando em Grande Estilo
Roni Carlos, nollie noseslide saindo de nollie heelflip bigspin.