Edição 109

::CAPA::
Bruno Aguero, frontside flip. Foto: Atilla Chopa.

:: Matérias Principais :: 

Entrevista: Bruno Aguero
Introdução: Marcelo Viegas
Esse ano promete para Bruno Aguero. E não é questão de sorte. É fruto de trabalho duro, afinal Bruno já está há mais de um ano empenhado em registrar boas manobras para dois vídeos simultaneamente: o da Freeday e o Duotone. A CemporcentoSKATE dá uma amostra do que está por vir, estampando o talento do skatista paulistano na capa e numa entrevista recheada com imagens do seu skate poderoso. É um streeteiro nato, graduado no centro de São Paulo, mas que não dispensa uma transição ou mesmo uma pista legal. Suas fotos foram feitas em Brasília e São Paulo, e comprovam que 2007 tem tudo para ser um divisor de águas para Bruno. E esse é apenas seu segundo ano como profissional.

Entrevista: Atilla Chopa e Guilherme Lima

Bruno Aguero
21 anos, 9 de skate
São Paulo (SP)
Freeday, Sigilo, Eleven e Blunt

Como foi seu envolvimento com o skate?
Tinha uns moleques na minha rua que já andavam de skate, eu tinha 12 anos naquela época, mas não fazia nada. Aí comecei a pegar um skate de um e de outro emprestado, e no final do ano pedi um skate ao meu pai. Ganhei um skatinho em janeiro, skate normal mesmo, acho que era Shape Taylon, isso em 98. Levou uns três meses e já comecei a ir pra pista de São Caetano, todo final de semana ia pra pista. Em 99, pivete ainda, comecei a correr os campeonatos na categoria mirim. Corria com os moleques, o Klaus, o Denis
(Silva), o Piquet.

Leia matéria de Bruno Aguero na íntegra com fotos na CemporcentoSKATE #109

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“Meu Nome é Filipe!”
Ao contrário do que muitos pensam o nome dele é Filipe, e não Felipe. Filipe Ortiz, um nome para ser lembrado. E é bom que lembrem corretamente, pois o estrago que ele ainda vai fazer no skate nacional será tamanho, que seria leviano errar o nome do rapaz. Anotem em suas agendas, cadernos e na memória. E levem junto as manobras que ele reservou para essa matéria: assim como o nome, não devem ser esquecidas tão cedo

Texto por Marcelo Viegas e Fotos por Homero Nogueira

Filipe Pereira Tesser Ortiz
17 anos, 7 de skate
Curitiba (PR)
Patrocínio: Volcom

A conversa começou assim: “Meu nome é Filipe”. Para garantir que daqui pra frente lembrem-se dele pelo nome correto. Com isso esclarecido, ele continua: “Tenho 17 anos e 7 de skate”. Pouca idade e um talento imenso. As fotos da matéria comprovam que se o nome é Filipe e o sobrenome é Ortiz, o apelido bem que poderia ser “talento precoce”. Mas no skate atual essa é a tendência mesmo, cada vez a evolução é mais rápida. Nyjah Huston é prova disso, e Filipe Ortiz é um dos brasileiros que encabeçam a lista das novas
promessas com skate de gente grande. Tanto que não levou muito tempo até descolar seu primeiro patrocínio, em apenas dois anos já tinha suporte de uma marca. Merecido, sem dúvida.

Leia matéria com Filipe Ortiz na íntegra com fotos na CemporcentoSKATE #109

PORTFOLIO ESPECIAL: STEPHAN DOITSCHINOFF
Gostou do adesivo encartado nessa edição? Ele é obra do artista Stephan
Doitschinoff, um talento oriundo da cena underground paulistana. Seu
trabalho como ilustrador e pintor vem ganhando reconhecimento – inclusive
internacional – e ele aproveita pra deixar sua marca também em capas de
discos de bandas como Sepultura e Saves the Day. Falamos com ele sobre tudo
isso e também sobre seu acidente de skate na França

Entrevista por Marcelo Viegas, Guilherme Lima e Thomas Losada

Texto por Marcelo Viegas

Stephan Doitschinoff, aka CALMA
29 anos
São Paulo (SP)

Todo mundo sabe que o universo da arte contemporânea tem como característica
mais marcante o subjetivismo. O que isso quer dizer? O belo não tem mais uma
definição objetiva, o que conta é apenas e tão somente o olhar do artista.
Mas, por outro lado, a percepção do talento acima da média continua possível
e inalterada. No caso de Stephan Doitschinoff, essa percepção se impõe como
uma certeza: trata-se de um talento excepcional, que salta aos olhos e seduz
pela riqueza de detalhes.

Leia matéria com Stephan Doitschinoff na íntegra com fotos e ilustrações feitas pelo próprio naCemporcentoSKATE #109

Amplitude Auditiva: MORTO PELA ESCOLA

“A encarnação adolescente do Skate Punk dos anos oitenta”
Texto por Marcelo Viegas e Foto por Ivan Cruz

Foi assim: o jornalista Ricardo Tibiu deu um toque, “tem uns guris com uma banda de Skate Punk em Vila Velha e acho que pode dar uma boa pauta pra vocês”. Com o Myspace foi fácil conferir a informação. Era verdade. Entramos em contato e, dias depois, chegava na redação um pacote com o CD do Morto Pela Escola. Ao abrir o encarte, surpresa: uma colagem com uma foto na ZN (extinta pista de skate da Zona Norte de SP), com vários skatistas da geração dos anos noventa, dentre eles Alexandre Vianna, editor da CemporcentoSKATE. Foi tipo uma confirmação, era mesmo pra fazer uma matéria com essa banda. “Que coincidência, hein? Eu catei essa foto naquele livro A
Onda Dura – 3 décadas de skate no Brasil. Coloquei essa foto inocentemente porque tinha cinco caras andando de skate e se encaixou perfeitamente, pois nós não tínhamos fotos decentes da banda junta”, explicou o baterista Alex, de apenas 19 anos.

Veja fotos e matéria completa de MORTO PELA ESCOLA na CemporcentoSKATE #109

Primeiras Pistas do Brasil: 30 ANOS DE HISTÓRIA E PIONEIRISMO
Texto e reportagem: Guilherme Lima

Algumas construções ao redor do mundo nos revelam peculiaridades que nos
trazem à memória um momento da história, e porque não dizer, muitas vezes a
história da nossa própria vida. Por isso resolvemos desvendar como foram
construídas as primeiras pistas de skate do Brasil. E fazer dessa matéria
uma homenagem ao pioneirismo daquelas pessoas, que há mais de trinta anos,
sem se preocupar com rótulos ou títulos, projetaram e construíram as pistas
que hoje são patrimônio histórico do skate nacional. E também responder a
dúvida: qual foi a primeira? Alphaville ou Nova Iguaçu?

Veja matéria na íntegra das PRIMEIRAS PISTAS DO BRASIL na CemporcentoSKATE #109

FRAME Especial: “Um skatista, um pico, duas manobras”
Estrelando: Nilton Urina, Rafael Pingo, Rafael Gomes e Luan de Oliveira.

Dois Pontos: Fabio Schumacher 
Texto Alexandre Vianna e Fotos por Atilla Chopa

Skatista clássico.

Duas palavras não conseguem nunca definir a complexidade de uma pessoa, mas
ajudam a entender muita coisa. No caso, Fabio Schumacher é sim um skatista
clássico.

Atravessou décadas andando de skate sem se apegar a modismos, mostrando que
gosta das coisas simples, mas bem feitas. Pra ele Skate não é algo complexo,
mas completo, inseparável, bonito. Como o rockslide imenso que você viu na
página anterior. Tornou-se skatista profissional no ano de 1991, quando
lançou model pela Cush, marca forte do começo da década de 90. Em 96
idealizou sua própria marca, a Fatal Flowers, e em 2002 lançou o primeiro
produto, um parafuso de base com conceito. Foram seis anos pensando e
formando a identidade da marca na sua cabeça. Como um barril de carvalho que
envelhece o mais nobre vinho para chegar no seu sabor ideal.

Nome: Fabio Correa de Moraes
Nascimento: 26/05/1972
Tempo de skate: 24 anos
Onde nasceu e onde mora: São Paulo/SP
Skate atual: Shape Anti Action / Truck Independent / Rodas Viva / Parafusos
Fatal Flowers / Lixa Shock / Rolamento Mini-logo

Leia íntegra da matéria com Fabio Schumacher na CemporcentoSKATE #109, já nas bancas.

Stephanie Tavares dos Reis
19 anos, 4 de skate
Brasília (DF)

Texto por Evelyn Leine e Foto por Atilla Chopa
Brasília nunca mais será a mesma depois do time de meninas que vem há anos lutando por reconhecimento na cidade. Stephanie Tavares representa bem essa remessa de talentos que chamam a atenção do Brasil e nos fazem lembrar que o Skate não se restringe só a alguns Estados. O Cerrado também tem sua força e representatividade.

Influenciada pelo irmão Anderson Baratinha, Stephanie começou a andar de skate há quatro anos. A timidez não ajudou muito no início e ela só andava no quintal de casa: “Eu morria de vergonha de andar na rua por não conhecer ninguém, mas um dia por acaso conheci algumas garotas que me levaram pro setor bancário”. A partir daí foi fácil até que ela ganhasse o merecido reconhecimento de seus colegas de pico. Bordas e Gaps são pontos fortes no rolê dessa brasiliense de estilo leve e seguro, que não acredita que o
processo de evolução feminino seja inferior ao dos meninos. “Como não posso generalizar, eu digo que o que mais me limita é o medo, mas não acredito que
o processo seja inferior”.

Leia íntegra da matéria com Stephanie Tavares na CemporcentoSKATE #109, já nas bancas.

DANDO IDÉIA – “Skate e Visão: Parceria de Sucesso!”
Por Leandro Rhein

Quando nos preocupamos em praticar um esporte sempre buscamos uma melhor
qualidade de vida, não é? Mas às vezes é necessária na prática de esportes
uma avaliação mais detalhada da nossa visão, isto serve para nos proteger
também de possíveis acidentes. E isso é um fator de grande importância ao
skatista que depende de uma visão com movimentos mais complexos.

Para entender como a visão é importante ao skatista: Problemas visuais
como estrabismo, miopia (dificuldade de enxergar de longe), hipermetropia
(dificuldade de enxergar de perto e às vezes de longe também) e astigmatismo
(visão distorcida), serão obstáculos para uma boa prática do esporte, pois
na maioria das vezes obrigam o skatista a usar óculos. E como todos sabem
estes óculos acabariam atrapalhando a prática do esporte. Para se ter uma
idéia, uma pessoa que possui estrabismo (olhos tortos), pode ter sua visão
de profundidade diminuída ou nula, o que pode ser um perigo ao skatista, uma
vez que ao realizar uma manobra ele perderia a percepção de distância e
espaço.

Leia Dando Idéia completo de Leandro Rhein na CemporcentoSKATE #109, já nas bancas.

Depto Sequencial: Fakie Flip Tailslide por Marcelo Marreco 
Texto por Marcelo Viegas e Fotos por Atilla Chopa

Ao longo da história do Departamento Sequencial já ensinamos cinco variações
diferentes de tailslide no street: frontside nollie tailslide reverse
(1997), backside tailslide (1998), switch frontside tailslide reverse
(1999), flip backside tailslide (2004) e fakie ollie backside tailslide
(2004).

Aprenda passo a passo como acertar esta manobra na CemporcentoSKATE #109, já nas bancas.

1st & Hope: Um novo conceito em vídeo de skate
Por Marcelo Viegas

1st & Hope é a estréia de Brian Lotti como diretor. Pra muitos isso já é credencial mais do que suficiente para o filme, afinal Lotti deixou sua marca como skatista na década passada, principalmente por suas partes nos vídeos da Planet Earth. Ditou moda, fez fama e se afastou do Skate por dez longos anos, período em que abraçou o budismo e fez um retiro espiritual. Nessa mesma época dedicou-se também a pintura, mas a saudade do carrinho bateu forte e ele está de volta.

Leia íntegra da matéria de 1st & Hope na CemporcentoSKATE #109, já nas bancas.

No Tempo do ESQUEITE
Por Leonardo Brandão

A História do skate no Brasil vem sendo escrita, registrada e documentada – desde o final da década de 70 – pelas revistas especializadas nesta prática, ou seja, pelas famosas revistas de skate. Quem quiser entender melhor como o skate se desenvolveu no país, acompanhar o início das primeiras manobras de street, das primeiras marcas, campeonatos, pistas e equipes, deve correr para um bom sebo (lugar que vende revistas e livros velhos) e procurar por essas importantes fontes de informação, relíquias de papel que guardam, em fotos e palavras, diversos aspectos da memória dessa atividade.

Leia íntegra da matéria de “No Tempo do ESQUEITE” na CemporcentoSKATE #109, já nas bancas.

REVIRANDO O ARQUIVO: Tony Alva 

Pra quem não se lembra, em abril de 2001 o lendário skatista norte-americano Tony Alva veio ao Brasil. Sua rápida passagem foi para participar do Primeiro Congresso Brasileiro de Skate, a convite da marca Vans e da Confederação Brasileira de Skate. Aproveitando a visita, também divulgou o documentário Dogtown and Z-Boys, que tinha acabado de ganhar dois prêmios no Sundance Festival, mas nem tinha sido lançado nos EUA ainda. O documentário veio para o Brasil e foi colocado no cofre do hotel, para que nenhum
engraçadinho fizesse uma cópia. Todo cuidado é pouco, afinal.

Confira foto de REVIRANDO O ARQUIVO com Tony Alva na CemporcentoSKATE #109, já nas bancas.

Otávio Neto Probag
Desta vez o skatista profissional Otávio Neto que fala sobre os produtos que usa e depois sorteia para você, leitor.

Ouvidos Atentos
Por Marcelo Viegas
– V/A – boomshot volume único (Independente)
– THE RAPTURE – pieces of the people we love (Universal)
– V/A – underground voices II (Fusa Recs)
– NADA SURF – the weight is a gift (Inker / Mondo 77)
– DELUXE TRIO – mais pimenta, menos sal (Ideal Recs / Manifesto Discos)
– ELMA – s/t (Amplitude)

Encerrando em Grande Estilo
Herniogenes “Microfone” executa um complicado Nollie Heelflip noseslide numa borda cabreira.