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Rafael Finha, mega pole jam. Foto: Homero Nogueira.
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RODRIGO MAIZENA: “Milagre ou obstinação?”
Dá pra acreditar num cara que não sabia nem dar um boneless há cinco anos atrás e agora pula uma double set de switch frontside flip 180º com a mesma facilidade de quem dá um ollie air? Se esse cara for Rodrigo Maizena, dá! Sua explicação é emblemática: “Milagre”. Não dava mesmo para esperar uma resposta convencional de um skatista tão diferenciado. E o que resulta da junção entre milagre e obstinação? Resulta num skatista atirado, técnico e incansável. Resulta numa pessoa determinada, preocupada muito mais em agir do que em planejar. Ou seja, Maizena.
Introdução Marcelo Viegas
Entrevista Marcelo Viegas, Guilherme Lima e Renato Custódio
Rodrigo Carlos Leal “Maizena”
23 anos, 8 de skate
Carapicuíba (SP)
Patrocínios: Doce, DVS, Destructo, Connexion, Nail, Casal Bags, SKF e Dogma Sys
Apoio: Anti-horário vídeo
Como você foi parar em São Roque (interior de SP)?
Minha família é de lá, nasci em Osaco e fui morar pequeno em São Roque. Depois mudei de novo pra Osasco e ficava tentando andar com um skate de um camarada. Quando voltei pela segunda vez para São Roque, a molecada toda estava andando de skate. Comecei a andar com eles e não parei mais. Isso foi em 99.
Leia matéria de Rodrigo Maizena na íntegra com fotos na CemporcentoSKATE #110
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ALADIN: “Indo longe com seu skate… E sem lâmpada mágica”
Texto por Marcelo Viegas
Fotos por Atilla Chopa e Homero Nogueira
Luiz Paulo Cordeiro Fernandes, vulgo Aladin
20 anos de idade, 7 de skate
Brasília (DF)
Patrocínios: Freeday e Cisco
Brasília, DF. Palco das grandes decisões que interferem diretamente na vida do povo brasileiro. Palco também das grandes falcatruas que condenam nosso povo a uma vida indigna e, muitas vezes, desumana.
Mas nem só de coisas ruins vive a Capital Federal. Sua arquitetura inovadora, cortesia do genial Oscar Niemeyer, virou referência internacional. A cidade que floresceu ao redor das obras de Niemeyer não quis ficar para trás, e caprichou nas linhas arquitetônicas. Para completar, tem ainda o fato da Asa Norte ter sido construída num terreno levemente inclinado, ocasionando o nascimento de diversas opções skatáveis. O resultado dessa combinação de fatores: picos perfeitos espalhados por toda a cidade. O skate agradece. E Aladin também.
Aladin? Aquele do desenho? Não exatamente. Nesse caso é o skatista Luiz Aladin, um dos destaques do atual cenário de Brasília. Com apenas 20 anos de idade, Aladin tem potencial para ir longe. E sem depender de lâmpada mágica, apenas com seu skate mesmo.
Leia matéria com Luis Aladin na íntegra com fotos na CemporcentoSKATE #110
PORTFOLIO: SESPER
Texto por Marcelo Viegas e Fotos por Alexandre Vianna
Alexandre Cruz, aka Sesper
33 anos, 21 anos de skate
São Paulo (SP)
Difícil definir Alexandre Cruz. São tantas atividades e tantas facetas, que encontrar apenas uma definição é quase impossível. E essa é justamente a parte boa, pois demonstra criatividade, não-estagnação e hiper-atividade. Multi-homem, portanto, e isso diz muito sobre sua personalidade.
Skatista, vocalista da banda Garage Fuzz, lojista quando deu na telha (Sound of Fish e MOST, ainda que essa última fosse também uma galeria de arte), fissurado por skate punk, pesquisador de skate-arte, designer, artista urbano (ou praiano) de mão cheia, pai de família… Enfim, não faltam atributos ao santista de 33 anos, que começou a vida profissional como ajudante de armador de pesca, trabalhando junto com seu pai.
Sesper (seu atual codinome) foi um dos pioneiros da chamada Street Art no Brasil. Começou em Santos, no início da década passada, desenhando com guache em papelão ou papéis velhos, encontrados na rua. Sua escola na arte descende diretamente do skate: “Eu não ia meter um giz pastel num papelão se não tivesse caído na minha mão uma Slap, ou zines feitos por skatistas que a galera que ia correr os campeonatos na Europa sempre trazia em meados dos anos noventa”, afirma Sesper, que juntou essas novas informações e referências com sua técnica de autodidata. Algumas características (como a mania por desenhar gravatinhas) vêm da infância, lembrança registrada em cadernos ou em livros didáticos surrupiados da mãe.
Leia matéria com Sesper na íntegra com fotos e ilustrações feitas pelo próprio na CemporcentoSKATE #110
Frame Itajaí (SC)
Viajar, conhecer lugares, culturas e pessoas. Experimentar comidas exóticas, visitar pontos turísticos, dormir numa cama que não é sua. O ser humano tem fascínio pela estrada, e já que a vida é curta, é bom mesmo que seja assim. Tem mais é que aproveitar.
Confira este Frame especial Itajaí fotos com de Willian Seco, Ari Neto, Éder Neguinho e Jean Duarte.
Amplitude Auditiva: UDORA
“Fazendo o trajeto de volta”
Eles já se chamaram Diesel. Ganharam um concurso e o direito de tocar no Rock in Rio 3. Resolveram se aventurar nos Estados Unidos e ficaram cinco anos por lá. Mudaram o nome da banda para Udora, abriram uma turnê do Jerry Cantrell (ex-Alice in Chains) e gravaram um discão (Liberty Square). Agora estão de volta ao Brasil, para fazer a perigosa transição do inglês para o português. Muita história pra contar, e o vocalista e guitarrista Gustavo Drummond explica tudo, com suas próprias palavras.
Por Marcelo Viegas
Heróis independentes ou azarados?
Como numa competição de salto ornamental, em que o mergulhador sempre se propõe a fazer a pirueta mais complexa – que nem sempre é executada como se espera -, creio que fizemos opções ao longo dos anos, que mesmo de acordo com nossos objetivos de cada época, foram as mais complicadas de se alcançar.
Por exemplo, quando a maioria das bandas optaria por ficar no Brasil e capitalizar em cima da pequena notoriedade obtida com o Rock in Rio 3 (fazer turnês, assinar com selos, cantar em português, etc), nós escolhemos ir para os EUA de mala e cuia, morar dentro de uma van, trabalhar em sub-empregos e praticamente começar do zero num país estranho, com um novo nome (a banda passou a se chamar Udora por um conflito com a grife Diesel).
Tivemos grandes recompensas ao longo de 5 anos: aprendizado tanto na esfera musical quanto humana, turnês, contratos, gravações em estúdios top e o álbum Liberty Square, que foi elogiado pela crítica e público americano. Só que no momento em que as portas começaram a se abrir por lá, optamos por voltar ao Brasil e cantar em português. Ou seja, mais um recomeço.
Olhando pra trás, creio que nosso direcionamento sempre foi ditado pelo coração, mais do que pela racionalidade e “visão de mercado”. Portanto, o caminho sempre foi mais longo, e o “sucesso” acabou vindo de outras formas, não-tradicionais.
Veja fotos e matéria completa de Udora na CemporcentoSKATE #110
Mantendo vivo o vertical no Brasil
Texto Redação
Fotos André Ferrer
O início da década de 90 foi marcado pela crise do vertical e a ascensão do street no cenário mundial do Skate. A falta de half-pipes de qualidade, e poucos skatistas realmente praticando, fizeram muitos até acreditarem que o vert estava morto. Aos poucos, durante toda a década de 90, a modalidade foi retomando seu espaço através da força de vontade dos skatistas que não largaram e incentivaram a evolução do skate praticado nas paredes 90º. Mas os tempos mudaram, seja com o Danny Way pulando a muralha da China, seja o Bob dando looping de switch, seja o 900º do Mineirinho enlouquecendo as platéias, o
vertical tem espaço garantido na mídia e nos grandes eventos pelo mundo. No Brasil todas as iniciativas para manter o Skate vertical vivo são sempre bem vindas. E agora mais do que nunca, para fazer nascer uma nova geração de vert riders.
Veja matéria na íntegra das Mantendo vivo o vertical no Brasil na CemporcentoSKATE #110
Dois Pontos: Mauro Mureta
Texto por Marcelo Viegas e Fotos por André Ferrer
Dois Pontos fundamentais sobre Mauro Mureta: 1. uma pessoa autêntica e 2. um dos maiores skatistas brasileiros de todos os tempos.
Fez fama nos anos oitenta e seguiu como lenda-viva pelos noventa. Ganhou campeonatos e construiu uma carreira vitoriosa, mas nunca conseguiu se desvincular da fama de rebelde, adquirida por se ausentar do pódio na hora da premiação. Não era “pouco caso”, mas apenas um traço de sua personalidade reservada e autêntica. Hoje, prestes a completar 37 anos, continua competindo profissionalmente, com seu skate leve e estiloso. Longevidade e amor ao carrinho.
Nome: Mauro Abreu Dias Fernandes – “Mureta”
Nascimento: 29/04/1970
Tempo de skate: 25 anos
Onde nasceu e onde mora: São Paulo/SP
Skate atual: truck Independent, shape Black Label, rodas Type S
Leia íntegra da matéria com Mauro Mureta na CemporcentoSKATE #110, já nas bancas.
Ligiane Antunes: “Super Xuxa contra o baixo astral”
Texto por Evelyn Leine e Fotos por Ivan Cruz
Ligiane Antunes – “Xuxinha”
18 anos, 4 de skate
São Paulo (SP)
Patrocínios: Miss Black, Black Sheep e Red Nose Shoes
Ligiane Antunes nasceu Xuxa. Loira, olhos verdes, ninguém contradisse no berçário. Dezoito anos depois, ela não é exatamente a rainha dos baixinhos, mas já faz a alegria de muita gente que percebe seu potencial escancarado na base firme da garota.
Desencanada, vaidosa, engraçada, um pouco artista, punk-chique e muitas manobras precisas. Uma risada e um estilo diferente a cada clique.
Leia íntegra da matéria com Ligiane Antunes na CemporcentoSKATE #110, já nas bancas.
DANDO IDÉIA – “Quase tudo certo”
Por Douglas Prieto
Uma das coisas das quais nos orgulhamos no Skate brasileiro é o fato de produzirmos aqui quase tudo que é necessário para a prática. Shapes, eixos, rodas, tênis. Essa questão industrial, aliada ao talento e determinação dos skatistas, poderia ser uma combinação imbatível. Por alguns motivos, as coisas não são assim tão simples (nem tão boas).
Leia Dando Idéia completo de Douglas Prieto na CemporcentoSKATE #110, já nas bancas.
Depto Sequencial: Wallie por Vitor Sagaz
Texto por Marcelo Viegas e Fotos por Homero Nogueira
A criatividade do street skate parece não ter limites. Quando achamos que tudo já foi inventado, aparece alguém com uma manobra nova na manga. É a lei da evolução.
Mas a evolução também se faz olhando para o passado, reciclando de maneira criativa manobras clássicas. É o caso do wallie, manobra atualmente muito utilizada nas sessões de rua. “O wallie é uma mistura de wallride com ollie”, diz o skatista Vitor Sagaz, escolhido para ensinar a manobra nesse Departamento Sequencial. Com freqüência o tal do wallie é utilizado para varar lateralmente pequenas paredes ou até palcos mais altos. Também pode ser realizado em canos retos, como uma espécie de polejam mais casca-grossa.
Vitor Sagaz mostra uma das possibilidades dessa manobra, numa mureta, e dá as dicas para que você também comece a treiná-la.
Aprenda passo a passo como acertar esta manobra na CemporcentoSKATE #110, já nas bancas.
Segunda Temporada do BRASIL SKATE CAMP
Texto por Guilherme Lima e Fotos por André Ferrer
Participar de um acampamento de férias é um grande acontecimento na vida de uma criança ou adolescente. Oportunidade única de compartilhar momentos inesquecíveis com os amigos. Ou seja, diversão na certa! E se você é apaixonado por Skate, participar de um Skate Camp é ainda mais divertido. Além disso, é um resgate ao espírito dos famosos Skate Camps que bombavam na Europa e Estados Unidos nos anos oitenta. Assim foi a 2ª temporada do Brasil Skate Camp, que rolou entre os dias 17 e 20 de janeiro em Sorocaba, interior de São Paulo. Quem estava lá pode aproveitar
Leia íntegra da matéria da Segunda Temporada do BRASIL SKATE CAMP na CemporcentoSKATE #110, já nas bancas.
REVIRANDO O ARQUIVO: Rodrigo Menezes
1995 foi um ano inesquecível para o Skate nacional. Ficou marcado pela conquista inédita e surpreendente do jovem Rodrigo Menezes – o Digo -, primeiro brasileiro a faturar o Mundial da Alemanha. Naquela época ainda era um campeonato de prestígio, cobiçado, e por isso mesmo a disputa era acirrada. Digo foi lá e sagrou-se campeão. Orgulho para o Skate brasileiro.
Confira foto de REVIRANDO O ARQUIVO com Rodrigo Menezes na CemporcentoSKATE #110, já nas bancas.
Bruno Aguero Probag
Desta vez o skatista profissional Bruno Aguero que fala sobre os produtos que usa e depois sorteia para você, leitor.
Espaço Amador
Ricardo Chagas (São Paulo – SP) e Diego Henrique (Riberão Pires – SP).
Ouvidos Atentos
Por Marcelo Viegas
– DEADFUNNYDAYS / A SANGUE FRIO – split k7 (lado[R])
– MORRISSEY – ringleader of the tormentors (Trama)
– THE SHINS – wincing the night away (Sub Pop)
– TRANSISTORS – 1 segundo (Pisces Recs / Ordinary Recordings)
– THE UNCLE BUTCHER – downsouth (Läjä / Ordinary / Pisces Recs)
– CASH FOR CHAOS – pour salt on old wounds (One Voice)
Encerrando em Grande Estilo
Fábio Castilho, bs flip 180 fakie nosegrind. Gamboa (RJ).